quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Facebook vende «likes» dos utilizadores para publicidade

Rede social lançou a plataforma Atlas que irá permitir a recolha de dados para fins publicitários em páginas externas.

O Facebook lançou uma nova plataforma que permite às empresas de publicidade obter mais informações sobre os utilizadores da rede social, anunciou a empresa esta segunda-feira. Chama-se Atlas e irá permitir campanhas publicitárias mais eficazes noutros sites da Internet.

Até aqui, o que acontecia era que o Facebook vendia espaços publicitários na rede social, utilizando as chamadas «cookies» (um conjunto de dados armazenados enquanto navega na Internet) para fazer um registo das preferências dos utilizadores quando estes visitavam páginas externas.

Mas agora, através da recolha dos dados da rede social, a plataforma Atlas elabora um histórico das preferências dos utilizadores que permite às empresas identificar os seus potenciais consumidores. Na prática, o Facebook vai vender os «likes» dos seus utilizadores aos profissionais de publicidade, que poderão  implementar campanhas publicitárias personalizadas, em páginas externas. 

A ideia é que, por exemplo, caso um utilizador faça gosto numa página de calçado desportivo, lhe apareçam anúncios semelhantes, sobre calçado desportivo, noutros sites.

Este sistema permite colmatar a limitação das «cookies» que não têm um desempenho tão eficaz quando são utilizados vários browsers ou plataformas diferentes como tablets e smartphones. 

Apesar do lançamento só acontecer agora, a rede social comprou a Atlas à Microsoft o ano passado, por mais de 78 milhões de euros.

Com este passo, o Facebook aproxima-se mais da Google e do seu sistema AdWords, com quem compete diretamente no mercado publicitário online.  Recorde-se que os lucros publicitários da Google, neste segundo trimestre, foram de mais de 11 mil milhões de euros enquanto os do Facebook ficaram-se pelos dois mil milhões de euros.

A rede social garante que as empresas de publicidade vão poder identificar consumidores, mas que não vão ter acesso direto à informação dos utilizadores. No entanto, a medida já está a suscitar preocupações sobre segurança e privacidade entre os membros da rede de Mark Zuckerberg.

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